O concelho de Montalegre ocupa cerca de mil e cem quilómetros quadrados de superfície e constituem-no duas vilas (Montalegre e Salto) e 132 aldeias, agrupadas em 35 freguesias. Enquadra-se na chamada Terra Fria Transmontana pelo que é zona de contrastes climatéricos. Distingue-se pela sua diversidade ecológica e natural, primando pela envolvência com o Parque Nacional da Peneda e Gerês . Possui alguns dos mais belos espaços paisagísticos de Portugal.
Confronta a norte com a província espanhola da Galiza, a oeste com o concelho minhoto de Terras do Bouro, a sul e Sudoeste, com terras de Vieira do Minho e de Cabeceiras e a Sueste com o Rio Tâmega, até alturas da Serra de Pinho, servindo-lhe o concelho de Chaves de limite oriental.
Este concelho é conhecido pela riqueza da sua história e pela singularidade dos seus costumes.
Culturalmente, as nossas gentes têm uma forma diferenciada de estar na vida, influenciada por valores, normas e crenças muito peculiares.
O Concelho de Montalegre regista a presença do homem desde os longínquos tempos da pré-história e os mais antigos vestígios conhecidos datam de há 4 ou 5 mil anos e possui um património valiosíssimo e raro, atraindo turistas esclarecidos e apreciadores do belo, eterno e único.
Foi D. Dinis que ordenou a construção do Castelo de Montalegre. D. Nuno Álvares Pereira casou no Concelho de Montalegre com D. Leonor Alvim, viúva de um senhor de Barroso, de avantajado património territorial. Por este concelho também passaram as tropas do exército napoleónico, em princípios de 1808, sob o comando de Soult.
De entre os monumentos e locais de interesse destacam-se: dólmenes e antas, castros, estradas e pontes romanas, marcos miliários, alguns achados históricos como três torques de ouro da civilização castreja, de fabrico céltico; moedas romanas pertencentes ao tesouro dos "Antonianos" reunidos, preservados e expostos nos diferentes Polos do Ecomuseu de Barroso.
Como património medieval, destaca-se o grandioso Castelo de Montalegre , monumento nacional, iniciado com D. Afonso III (ou, pelo menos, pensada a sua construção), construído no tempo de D. Dinis e concluído no reinado de D. Afonso IV.
D. Afonso III concedeu o foral a Montalegre e terras de Barroso, no dia 9 de Junho de 1273.
Também podem ser visitados muitos locais de interesse como os fornos comunitários, as aldeias tradicionais, os coutos mistos, as piscinas naturais do Cabril, os "Cornos das Alturas", as albufeiras e barragens (do Alto Rabagão, do Alto Cavado, de Paradela e da Venda Nova), a Ponte de Misarela sobre o rio Rabagão, a cascata e o Convento de Santa Maria das Júnias dos monges de Cister, em Pitões, a igreja de S. Vicente da Chã, que, segundo a tradição, foi parte de um convento da Ordem dos Templários …